A história por trás dos sobrenomes italianos

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Os sobrenomes italianos são bastante comuns no Brasil, tanto que, de acordo com a Fondazione Migrantes, que organiza o Rapporto Italiani nel Mondo 2022, estima-se que mais de 30 milhões de brasileiros são descendentes deste povo.

Além disso, segundo dados do Istat (Istituto nazionale di statistica) – órgão estatístico do governo da Itália, a terra da bota tem mais de 350 mil sobrenomes registrados, o que a torna o país com mais sobrenomes no mundo!

Ficou curioso(a) para conhecer o porquê de tantos sobrenomes italianos e as suas origens?

Então siga aqui conosco!

Qual é a origem dos sobrenomes?

Os sobrenomes foram criados para diferenciar os nomes repetidos – fato comum desde as culturas mais antigas. Os primeiros de que se tem registros são os patronímicos (nomes que fazem referência ao pai).

Uma das civilizações pioneiras em seu uso foi a romana no período do Império Romano, onde seus cidadãos eram identificados por uma estrutura de três nomes:

  • Praenomen (pré-nome): o primeiro nome;
  • Nomen (nome): que distinguia a família a que pertencia o indivíduo;
  • Cognome (sobrenome): um apelido que servia para distinguir as famílias que descendem da mesma linhagem.

Como simbolizam status eles foram utilizados primeiramente pelas famílias mais ricas e nobres da Itália. Com o tempo, principalmente a partir de 1200, passaram a se difundir para outras camadas sociais. Até que em 1594, o Concílio de Trento determinou a obrigatoriedade de as igrejas registrarem as pessoas batizadas com nome e sobrenome.

Como surgiram os primeiros sobrenomes italianos

Com o maior contato entre as principais culturas da Europa, África e Ásia, e a necessidade de diferenciar os indivíduos e suas famílias, os primeiros sobrenomes italianos buscavam ressaltar as principais características das pessoas. Podendo ser o nome do pai ou da mãe (menos comum), o local de nascimento, um atributo físico ou profissão.

Segundo dados do site Cognomix, acredita-se que:

  • 35% seriam derivados dos nomes próprios do pai;
  • 35% estariam relacionados aos nomes dos países ou áreas de origem da pessoa;
  • 15% às características físicas;
  • 10% à profissão, cargo ou título;
  • 3% seriam derivação estrangeira;
  • 2% seriam nomes atribuídos às crianças que foram abandonadas e recebiam um nome dado pela Igreja.

Veja alguns exemplos:

Pai

Antonini: filho de Antonino;

Georgi: filho de Georgio;

De Luca: filho do Luca;

Di Stefano: filho de Stefano.

Mãe

Donabella: filho de uma bela mulher;

De Maria: filho da Maria;

Simonetti: filho de Simone;

Della Vecchia: filho de uma mulher velha.

Local ou região

Di Caprio: que vem das ilhas de Capri;

Feltrin: nascido na comunidade de Feltre;

Castelli ou Castello: morava em um castelo ou próximo a um;

Fontana: morava perto de uma fonte;

Villa: nascido em uma vila.

Característica física

Rossi: ruivo;

Barbarossa: barba ruiva;

Bianchi: branco;

Negrini: negro.

Profissão

Barbieri: barbeiro;

Casagrande: crianças que viviam em orfanatos;

Fabri: fabricante;

Ferrari: ferreiro;

Martelli: martelo;

Pastore: pastor.

Como comentamos, são muitos sobrenomes originários da Itália. Por isso, não vamos nos aprofundar sobre todos eles aqui, mas se você quiser saber um pouco mais sobre o seu, a Cognomix disponibiliza em seu site um mapeamento com a origem de todos eles. Basta digitar o seu sobrenome no campo “Cognome” e depois clicar em “Cerca”.

Conte para a gente nos comentários o que você descobriu!

Siga nos acompanhando aqui no blog. No próximo post, traremos as origens e curiosidades dos sobrenomes portugueses!

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