Netos de portugueses também têm direito à dupla cidadania, mesmo que o avô ou a avó tenham falecido, desde que não tenham perdido a nacionalidade; e mesmo que o pai ou mãe, filho do ascendente português, não tenha a nacionalidade. 

Nesses casos, o processo é feito pulando uma geração. É necessário somente provar a origem portuguesa do ascendente, garantindo que ele ou ela não a tenha perdido. 

Bisnetos de portugueses só têm direito à cidadania se os ascendentes estiverem vivos. No caso dos pais do requerente estarem vivos, eles podem pedir a cidadania por serem netos de portugueses (pelo menos um dos dois) e depois transmiti-la ao filho, bisneto do ascendente. Se o pai ou a mãe forem falecidos, mas o avô ou avó estiverem vivos, com a nova alteração na Lei de Nacionalidade Portuguesa é possível requerer a cidadania via atribuição como neto. Para tanto, primeiro é preciso conseguir a nacionalidade para o avô ou avó, filho/a do ascendente português. No entanto, se tanto o avô/avó quanto o pai/mãe, descendentes do cidadão português, forem falecidos, não é possível obter a cidadania.

Um cônjuge passa a ter direito à cidadania portuguesa quando está em um casamento ou união estável com um português há pelo menos seis anos. Se tiver um filho que já tenha sido registrado como português, a exigência de tempo cai para três anos.

Assim, é possível adquirir a nacionalidade portuguesa por casamento ou através do relacionamento em união estável com cidadão português.

Realizar a transcrição de casamento e/ou de óbito significa demonstrar para Portugal de que o/a português/a se casou fora do país e/ou que essa pessoa morreu fora do país, respectivamente. 

Ambos trâmites são importantes para manter seu estado civil atualizado e poder dar início ao processo de aquisição ou atribuição da cidadania portuguesa, seja para descendentes de portugueses ou para cônjuges de portugueses. 

A aquisição da nacionalidade Portuguesa por tempo de residência é uma das possibilidades que a lei portuguesa permite.

A intenção da dupla cidadania deve ser dirigida ao Ministro da Justiça de Portugal, e deve obedecer alguns requisitos. O processo pode se iniciar com a conquista de um visto de residência ou autorização de residência para, então, levar à busca da nacionalidade portuguesa.

Portugal reconhece que os descendentes de judeus sefarditas portugueses que fugiram do país durante a época da Inquisição têm direito à dupla nacionalidade. 

Muitos judeus sefarditas portugueses fugiram principalmente para o norte e nordeste do Brasil. Alguns dos sobrenomes dessa comunidade se preservaram. Entre eles Almeida, Duarte, Ferreira, Albuquerque, Costa, Arruda, Menezes, Frota e Dias. 

Outra possibilidade para quem quer conseguir a dupla nacionalidade, mas não tem um antecedente português, é o Golden Visa Portugal.

O visto Gold é uma modalidade de visto concedida exclusivamente para investidores e suas famílias. Existem diversos tipos de investimentos que dão direito ao Golden Visa.