Portugal é o país dos castelos, tendo, aproximadamente, 500 dessas construções em seu território, que tinham como principal finalidade proteger as fronteiras de invasores.
Porém, esta não é a única herança histórica que é mantida preservada no país que se originou devido às tensões e conflitos do continente. Outro exemplo disso é a Torre de Belém, que foi construída à margem do Rio Tejo em 1520, durante o reinado de D. Manuel I, no auge do período de colonização. A estrutura tinha inicialmente a mesma função estratégica dos castelos: defender a orla de Lisboa de possíveis agressores.
Posteriormente, conforme foi perdendo sua utilidade central, ela passou a ter outras serventias, tais como prisão, farol e alfândega, até se tornar o que é hoje: o principal cartão postal de Lisboa e um dos mais conhecidos de Portugal.
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História da Torre de Belém
Especialmente a partir do século XIII, as embarcações se tornaram meios de locomoção fundamentais para todos os povos e foram se desenvolvendo cada vez mais, sobretudo para fazer o transporte de mercadorias, animais e pessoas entre as diferentes nações, que estavam se integrando cada vez mais, ou mesmo entre as colônias que estavam espalhadas pelo mundo, dentro do eixo Europa-Ásia-África.
No entanto, com a evolução das estruturas e das técnicas de navegação, foi possível chegar a locais jamais imaginados, como foi o “descobrimento” das Américas. Esse fato, aumentou as tensões entre as potências europeias, afinal de contas, todos queriam um pedaço dessas terras que eram tão ricas em recursos.
Por estas e outras razões, durante o reinado de D. João II, foi criado um plano de defesa da barra do rio Tejo, integrado na margem direita do rio pelo Baluarte de Cascais e, na esquerda, pelo Baluarte da Caparica, no qual estava previsto a construção do Baluarte de São Vicente a par de Belém (padroeiro da cidade de Lisboa) e, posteriormente, do Baluarte do Restelo.
Entretanto, a estrutura só foi “sair do papel” em 1514, já n de D. Manuel I, tendo como arquiteto Francisco de Arruda, e finalizada em 1520. Localizada sobre um afloramento rochoso nas águas do Tejo, fazendo fronteira à antiga praia de Belém, a edificação recebeu o nome pelo qual conhecemos hoje: Torre de Belém.
No mesmo período, próximo dali, frente à Praia do Restelo, também ocorreu outra obra relevante, o Mosteiro dos Jerónimos – que foi entregue à Ordem de São Jerónimo, e, curiosamente, foi dirigida pelo mesmo responsável: Diogo Boitaca.
A Torre
A Torre de Belém, além de ser uma importante ferramenta de defesa, também era um símbolo do prestígio do Rei D. Manuel I. A sua decoração ostenta um estilo próprio do Manuelino (também conhecido como estilo Gótico português), com calabrês que circundam a estrutura, acabamentos elegantes, esferas armilares, cruzes da Ordem Militar de Cristo e elementos naturalistas.
No edifício, podemos observar duas partes diferentes:
– A torre: de feição medieval, mais esguia e com quatro salas abobadadas; e
– O baluarte: de conceção militar moderna e mais ampla, com uma casamata onde, a toda a volta, ficava a artilharia.
Desde 1983 a Torre de Belém integra a Lista do Património Mundial da UNESCO, sendo um símbolo da identidade histórica da cidade de Lisboa e de Portugal.
Atualmente, é um centro cultural e um dos pontos turísticos mais visitados do país, atraindo milhares de turistas todos os anos.
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